Blog Alexandre Cunha
Por: Eduardo Braga.
De vez em quando surgem nas
redes sociais relatos de transferências de pacientes para São Luís feitas em
carros particulares e as torcidas organizadas começam o mesmo bate-boca.
Saudosistas
do governo Belezinha apontam a insuficiência de ambulâncias como culpa do
governo Magno. Apoiadores do governo Magno se apressam em lembrar que as
ambulâncias foram deixadas sucateadas pelo governo Belezinha (e foram).
Sem interesse na briga de sempre, os
usuários do sistema de saúde querem entender porque este problema aparece em
todas as administrações e quais as medidas podem ser tomadas para resolvê-lo.
De 1º de janeiro de 2017 até o
encerramento deste texto, o Hospital Antônio Pontes de Aguiar realizou a
transferência de 599 pacientes para São Luís. Quando você estiver lendo estas
palavras é bem possível que já esteja na estrada o 600º paciente, ou até o
601º.
São quase três viagens por dia,
geralmente em alta velocidade para tentar salvar a vida do paciente,
enfrentando cerca de 60 quebra-molas no caminho, congestionamentos e todo tipo
de contratempo.
Quando ambulâncias de outros
municípios da regional são usadas para este transporte, a turba vai a loucura
para dizer que eles têm estrutura melhor que Chapadinha, mas ninguém fala da
quantidade de pacientes destes outros municípios que são transferidos para a
capital pela estrutura de Chapadinha.
A verdade é que não há
ambulância que aguente tanto fluxo. Poderiam ter 10 ambulâncias no pátio do
Hapa que ainda haveria casos de pacientes transportados em carros particulares.
Este problema vem sendo amenizado pelo governo municipal com o aluguel
emergencial de ambulâncias, com a licitação para a compra de mais duas novas, mas
enquanto o Hospital Regional não começar a funcionar tudo mais será apenas
paliativo.
Temos a palavra do governador
que até o final deste ano todos os entraves jurídicos e burocráticos estarão
resolvidos e o Hospital começará a servir Chapadinha e região com UTI,
ortopedia e vários outros serviços que hoje são procurados na capital.
Enquanto os cães ladram, a
caravana segue melhorando (e muito) os serviços de saúde. Não é pouca coisa ter
aberto uma maternidade municipal com recursos próprios e feito as parcerias
necessárias para colocar para funcionar o Corpo de Bombeiros, que atende
chamados de ocorrências com urgência e emergência, e a UPA (cada um com uma
ambulância nova).
Enquanto quem não resolveu o
problema usa tragédias para fins políticos, o governo segue seu rumo obstinado
a trazer soluções definitivas para o povo de Chapadinha.
PS: Na foto mais uma ambulância
que chegou hoje e passa a servir ao município. Esta com semi-UTI.