ESCOLAS DE SÃO BENEDITO DO RIO PRETO-MA, FUNCIONAM EM ESTADO DE PRECARIEDADE. ALUNOS SÃO OBRIGADOS A DIVIDIR A SALA DE AULA COM CACHORROS, GATOS E PORCOS.

quarta-feira, julho 03, 2013
Blog do Alexandre Cunha.
A Educação precisa ser encarada com seriedade/responsabilidade por nossos gestores públicos, mas isso não é o quem vem acontecendo na cidade de São Benedito do Rio Preto,  localizada cerca de 90 km de Chapadinha –MA,   
O Núcleo de Defesa dos Direitos da Cidadania de SBRP tem defendido uma educação pública e de qualidade como uma das ferramentas em busca do desenvolvimento da sociedade de nosso município.
O Blog São Benedito do Rio Preto on-line ,faz graves denúncias  contra o sistema de ensino daquele  município, principalmente  mostrado o descaso com o qual a  educação tem sido tratada.

Acompanhe a matéria na integrar e sem cortes publicada  na página,   veja  abaixo:  

 Quem não se lembra das cifras milionárias desviadas na gestão anterior sob alegação de reformas inexistentes de dezenas de escolas.
Dentre essas escolas, estão a U.E. Lucilene Sousa, no Povoado Santinho, que há mais de seis anos está sem aula (Relembre: Postagem1Postagem2Postagem3).
Outra dessas escolas é U.E. Francisco Bezerra de Menezes, no povoado Riachão do Caldas, a qual foi inaugurada em 2005, mas, de tão mal feita, teve que ser reforçada às pressa meses depois sob rico de o telhado vir abaixo. Em 2011, essa escola também foi incluída na lista das reformadas sem nunca ter sido.

U.E. Francisco Bezerra - Pov Riachão do Caldas. Área externa.
 Esta semana, seis meses após o início do novo governo, o NDDC resolveu visitar essas duas escolas. Na primeira, nenhuma novidade, escola e povoado abandonados, muitas crianças fora da escola, pois aqueles pais que querem e podem levam seus filhos para estudar no povoado São José dos Costas,  que fica a  cerca de 3 km de Santinho, já as crianças cujos pais não querem ou não podem são obrigadas a ficarem sem estudar, contrariando algumas leis de nosso país, dentre as quais o ECA.
Já no povoado Riachão do Caldas, a situação da escola é cada vez mais precária e o risco de desmoronamento é cada vez mais iminente, tendo inclusive a professora  reunido os pais e compartilhado a responsabilidade do perigo de a escolar vir a baixo e atingir os estudantes.
As rachaduras estão por todos os lados e aumentam continuamente, como declaram os moradores.
Rachaduras nas paredes 
A escola é totalmente aberta, servindo de dormitório de porcos e jumentos durante a noite. Durante o dia, convive-se harmonicamente com cachorros, galinhas e demais animais que, juntamente com os alunos, frequentam a escola.
A escola também não dispõe de cozinha equipada, mas a merenda escolar é feita em fogareiros improvisados pelos próprios pais.

Fogões e mais rachaduras
A novidade este ano é que os vinte e três alunos do povoado Caboge, que antes estudavam em Riachão, agora ganharam uma escola no próprio povoado, uma promessa de campanha.

Anexo no Pov. Caboge
A nova escola funciona no antigo bar de Caboge o qual foi cedido ao município para servir como uma espécie de anexo da U.E. Francisco Bezerra de Menezes.
A situação do anexo é precária. No início, usava-se cadeiras de plástico trazidas pelos próprios alunos até que os pais foram ao povoado vizinho e trouxeram o excesso de carteiras. Em seguida a Secretaria de Educação mandou outras dez carteiras para complementar. Até o momento não chegou o quadro, sendo obrigado o professor a escrever com giz num cantinho da janela preparado para isso e a comprar folhas de papel para confeccionar cartazes nos quais  foram escritos o alfabeto e tabuada.


Vista da sala de aula e quadro, no detalhe.
O bebedouro dos alunos é um filtro de barro também emprestado pelos pais. A água é consumida por todos (alunos, professor e visitantes, como foi o nosso caso) em um único copo de plástico que fica dia e noite pendurado numa forquilha ao lado do filtro.

Bebedouro com copo
A merenda é acondicionada nas prateleiras do antigo bar e preparada na casa da merendeira em suas próprias panelas, pois até o momento a escola não recebera esses utensílios.
Tanto na escola Francisco Bezerra como em seu anexo, funciona uma única sala de aula com alunos de primeiro ao quarto ano, assistidos por professor único, ao mesmo tempo e no mesmo espaço.

Mais algumas fotos: 



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